Vivian Marangoni formou-se em Relações Internacionais no ano de 2007. Com uma trajetória ímpar, está atualmente cursando mestrado na Queen Mary, University of London. Acompanhe a seguir o relato dela.
Desde muito jovem adorava as disciplinas do curso de Relações Internacionais. No colegial, sempre procurei estar envolvida com a Geopolítica e História, motivo pelo qual todos que me conheciam indicavam que eu fizesse o curso.
Ao pesquisar sobre o curso da PUC e assistir às palestras do Professor Reginaldo Nasser, fiquei ainda mais motivada. O curso era perfeito para mim e a possibilidade de fazer um intercâmbio na Sciences-po Paris tornou-se o meu foco. Para tanto, comecei a aprender francês e a PUC tornou-se a minha primeira opção.
Durante a graduação, amadureci os meus objetivos profissionais e decidi dedicar-me à área dos Direitos Humanos, sobretudo em situações de conflito, e apaixonei-me pelo Direito Internacional. No meu segundo ano, comecei também a faculdade de Direito.
Já no terceiro, pude finalmente fazer o tão almejado intercâmbio na Sciences-po Paris, e percebi a sólida base que a PUC me deu, pois pude facilmente acompanhar as aulas no mestrado de uma das mais renomadas universidades do mundo. Essa experiência possibilitou também que eu pudesse me voluntariar em grandes organizações de Direitos Humanos, como a Cruz Vermelha e a Anistia Internacional.
Conclui a PUC em 2007, e logo passei a estagiar em escritórios de advocacia que atuassem na seara dos Direitos Humanos. Desde então, atuei como pesquisadora e conselheira jurídica na ONG Refugees United e na defesa de direitos indígenas e sociais no Ministério Público Federal. Dada a minha formação em Relações Internacionais, fui escolhida para representar esta instituição na reunião com o Presidente-Relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos em São Paulo, em 2010.
Com o fim da faculdade de Direito, mudei-me para Genebra, na Suíça, onde participei do Programa de Formação da Missão Permanente do Brasil para as Nações Unidas. Realizei o meu grande sonho, pois aí pude trabalhar diretamente com crises humanitárias, cobrindo a crise na Líbia junto à OCHA, o ACNUR e a OIM.
De volta ao Brasil, passei a advogar, lecionar em um curso para concursos públicos e a atuar como pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, onde, além de diversas consultorias para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, elaborei um artigo sobre o quadro jurídico dos direitos humanos no Brasil na última década para o Relatório Nacional de Direitos Humanos, publicado anualmente pela EDUSP.
Na área acadêmica, publiquei alguns artigos sobre trabalho escravo moderno, efetividade do Direito Penal Internacional e ganhei o prêmio da melhor monografia da Faculdade de Direito em 2010, na área de Terrorismo e Direitos Humanos.
Decidi, então, começar um Mestrado no exterior. Fui agraciada com uma bolsa da Geneva Academy of International Humanitarian Law and Human Rights e com a bolsa Chevening do Ministério das Relações Exteriores Britânico. Uma escolha profissional e acadêmica me fez decidir pela Queen Mary, University of London, onde comecei um LLM em Public International Law com foco em Direitos Humanos, Direito dos Tratados, Direito Humanitário e Direito Internacional Penal em setembro de 2012. Espero que, ao final do curso, possa voltar a atuar nesta área. Meu grande objetivo tornou-se trabalhar em algum dos grandes tribunais internacionais e, futuramente, lecionar na universidade, objetivos estes que se aprofundaram com o curso de verão em Direito Internacional Público na The Hague Academy of International Law, do qual venho de regressar.
A despeito de muitas das minhas conquistas estarem relacionadas ao Direito, estas só se tornaram possíveis com o curso de Relações Internacionais, que me deu uma base sólida para interpretar os fatos do cenário internacional, compreender sem dificuldade o Direito Internacional, produzir artigos acadêmicos premiados, e me conferiu uma visão muito mais abrangente e complexa dos fatos sociais, uma vantagem comparativa muito superior aos outros profissionais do Direito que almejam esta mesma área.
Relações Internacionais foi verdadeiramente decisivo para que eu pudesse prosseguir com meus sonhos e colher os resultados de meus esforços. E, na PUC, além de adquirir conhecimento acadêmico, tive aconselhamento profissional e de pesquisa dos professores, o que foi fundamental para o meu desenvolvimento.
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