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Estados Unidos consideram ataque com drones na Líbia

In this Aug. 31, 2012 file photo, fighters from Islamist group Ansar Dine stand guard in Timbuktu, Mali, as they prepare to publicly lash a member of the Islamic Police found guilty of adultery. (AP, File)


Em um contexto de efervescência social no norte da África, que culminou nos ataques no 11 de setembro de 2012 à embaixada norte-americana na Líbia, os EUA vêm estudando formas de retaliação contra os “grupos responsáveis” pelo acontecimento.

Apesar da falta de provas de que o ataque tenha sido premeditado e que tenha existido alguma ajuda de membros da al-Qaeda, a milícia líbia Ansar al Shariah ja foi apontada como principal suspeita. Além disso, a inteligencia norte-americana também investiga as ligações do grupo com a rede al-Qaeda do Magreb Islâmico, acusada de estar fortemente presente na região norte do Mali.

De acordo com a Associated Press e a CTV News [en], os EUA estudam usar os drones (veículos aéreos não tripulados) em ataques como método de retaliação aos grupos responsáveis pelos acontecimentos na embaixada e contra as possíveis ameaças à segurança do país que possam surgir na região. Ou seja, a doutrina do ataque preventivo a suspeitos terroristas utilizada largamente no Paquistão, no Iêmen e na Somália seria agora transplantada para a Líbia. Aumentando ainda mais o raio de atuação de “polícia internacional” já exercido pelo país.

De acordo com Robert Grenier, ex-diretor do Centro Contra-Terrorismo da CIA: “Se as pessoas apontadas forem diretamente cúmplices nesse ataque [contra a embaixada] ou diretamente ligadas a um grupo fortemente envolvido no ataque, então é possível utilizar o argumento de ameaça iminente”

Além disso, as críticas contra a utilização de drones, por parte dos oficiais, só se respalda na violação das soberanias estatais e na formação de uma imagem negativa dos EUA: “[a utilização dos drones em ataques] levanta todos os tipos de problemas relacionados à soberania… e deixa as pessoas muito desconfortáveis.” Também de acordo com a reportagem, mesmo  um ataque autorizado pelo país seria negativo, uma vez que os governos locais possuem pouco suporte por parte da população.

Quanto às possibilidades de um ataque dos EUA na região, Oumar Ould Hamaha, porta-voz de um grupo islamista situado ao norte do Mali, disse: “Se os Estados Unidos nos atacarem eu prometo que nós multiplicaremos os ataques de 11 de setembro por 10”.

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