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Cobertura evento “Perspectivas para atuação em agências humanitárias”

No dia 21 de março de 2012 foi realizado na PUC um encontro com José Francisco Sieber, formado em Relações Internacionais e Direito pela PUC-SP e funcionário do ACNUR. José Francisco contou algumas de suas experiências, mostrou o que significa trabalhar na área de ajuda humanitária e respondeu muitas rodadas de perguntas que surgiram de um público muito interessado no assunto.

Inicialmente Francisco fez uma breve apresentação do significado do trabalho humanitário, mostrando como esse setor requer um alto grau de profissionalismo. De fato, não se trata simplesmente de querer fazer o “Bem”, como muita gente acredita. Mas, é preciso compreender as forças que estão em jogo, estar dispostos a negociar (também com grupos armados) e ter muita competência e capacidade de análise. Nessa ótica, “Kiko” apontou esse campo de ação como um dos setores aos quais os alunos de relações internacionais podem se voltar. Sempre indicando o caráter amplo do setor humanitário, receptor de profissionais da mais variadas áreas (área de saúde, área de ciências sociais, área jurídica entre outras), mostrou a gama de possibilidades e experiências que se abrem nesse campo de atuação.

A exposição foi breve, mas enfática e, com um tom de simpatia e entretenimento, encantou a todos. Por isso, não demorou para que os alunos começassem a bombardear o palestrante de perguntas. Muitas perguntas pareciam estar ligadas por uma preocupação constante: como entrar nessa área.  A resposta dada foi a de entrar, inicialmente, no site de voluntariado da ONU, unv.org. Além disso, foi recomendado trabalho durante as férias em alguma agencia humanitária. José Francisco recordou também que não é só na ONU onde se podem encontrar possibilidades de entrar nessa área. Aliás, ressaltou a existência de uma ampla variedade, tanto de ONGs como de organizações governamentais nas quais se pode atuar.

Outro grupo de perguntas pareceu articular-se no que poderíamos chamar de “experiência no terreno”: como lidar com o medo? Como lidar com frustrações? Com o perigo? Como conciliar vida pessoal e estar “no terreno”? Como é a questão da língua nas negociações? As respostas foram bem interessantes, sempre carregadas de exemplos da sua experiência pessoal. José Franciso Sieber mostrou como os atuantes dessa área são treinados para experiências de conflitos extremos, onde um dia uma comunidade pode existir e no outro não. Além disso, contou casos até mesmo engraçados de situações nas quais atuou.

No final do encontro, o PET RI realizou uma entrevista cuja transcrição encontra-se disponível para quem se interessar pelo assunto.

Por Martina Bergues

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