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Ampliação de ‘guerras nas favelas’ é risco para o Brasil, dizem pesquisadores

  • Writer: PET-RI PUC-SP
    PET-RI PUC-SP
  • Apr 18, 2011
  • 2 min read

Pablo Uchoa Da BBC Brasil em Londres

‘Guerra nas favelas’ tem potencial de inflamar as tensões Nem a guerra nas favelas colocou o Brasil na lista dos países mais suscetíveis a episódios de agitação política nos próximo cinco anos, mas o país passaria a correr esse risco se o conflito se alastrar, segundo os pesquisadores Sam Bell e Amanda Murdie, professores assistentes de Ciência Política na Universidade do Kansas.

“Produzimos esta lista mais ou menos na mesma época da violência nas favelas do Brasil (por conta da ocupação do Morro do Alemão no Rio de Janeiro). E ficamos surpresos que o que Brasil não estivesse nela”, diz Sam Bell.

“Entretanto, nos demos conta depois de que a violência no Brasil não parece ser politicamente motivada; é mais de natureza mais criminal, e nosso modelo não capta isto”, afirma.

Analisando os dados de violência política doméstica em 150 países entre 1990 e 2009, os pesquisadores levam em conta três fatores para determinar os países mais vulneráveis a aumentos nos episódios de agitação política direcionada contra o governo.

O primeiro é o nível de repressão do Estado contra os cidadãos, que inflama as tensões e encoraja levantes contra o governo.

O segundo é a facilidade de coordenar os protestos, incrementada em grande medida pelo advento das tecnologias móveis, como celulares, redes sociais, blogs e o site Twitter.

O terceiro é a capacidade do Estado de conter a violência em protestos através do preparo e capacitação de suas forças de segurança.

Para os pesquisadores, com as tecnologias de coordenação amplamente disponíveis, os níveis de violência vistos no Brasil dependeriam mais dos outros dois fatores – principalmente do terceiro.

“O que poderia ocorrer no Brasil é que a repressão do governo contra o crime organizado pode elevar os níveis gerais de repressão”, observou Amanda Murdie, co-autora do modelo.

“Portanto, mesmo que não vejamos isto hoje, esse efeito pode se tornar visível da próxima vez que aplicarmos esse modelo no futuro.”

 
 
 

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